Mania de Entender

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Quem é Deus: criador ou criatura?

A Revista Veja, de 11 de fevereiro de 2009, celebrando os duzentos anos do nascimento de Charles Darwin, publicou uma matéria insolente atacando a fé cristã. O livro de Darwin, Origens das Espécies, publicado em Londres, em 1859, falando sobre a geração espontânea e a evolução das espécies tornou-se uma crença generalizada, especialmente em alguns redutos acadêmicos. O núcleo central da teoria de Darwin é que o mundo e o homem tiveram uma origem naturalista. Até então, cria-se que Deus havia criado o homem; agora, crê-se que o mundo pariu a si mesmo e o homem é fruto de um processo evolutivo de milhões e milhões de anos. Na teoria de Darwin, Deus não existe. Ele é apenas uma criação do homem em vez do homem ser criação de Deus. Em favor da verdade, nós precisamos reafirmar que não há contradição entre a ciência e a fé cristã. A ciência corretamente interpretada jamais entrará em contradição com a Palavra de Deus, pois ambas têm o mesmo autor. Precisamos de igual forma ressaltar, que a evolução não é uma ciência, mas uma teoria. Falta à evolução a evidência das provas. O próprio livro de Darwin tem nada menos que oitocentos verbos no futuro do subjuntivo: "Suponhamos". A evolução não passa de uma suposição e absolutamente improvável. A fé cristã por sua vez não é uma crença vazia, desprovida de inteligência. Nossa fé está ancorada em fatos incontroversos. A fé é a certeza de coisas e a convicção de fatos. O Deus revelado na criação, nas Escrituras e em Cristo é o criador do universo e não uma criatura do homem. Chamamos sua atenção para três fatos importantes:
1. Precisamos mais fé para acreditar na evolução do que na criação - O mundo não pode dar à luz a si mesmo. A vida não pode surgir do nada. Vida só procede de vida. O mundo com toda a sua complexidade não poderia ser produto do acaso nem de uma explosão cósmica nem mesmo de uma evolução de milhões e milhões de anos. As evidências provam que o mundo não está evoluindo, mas se deteriorando. A ciência corrobora com o relato da criação e não com as improváveis e tendenciosas teorias da evolução. Os evolucionistas que combatem a fé cristã não estão ancorados na rocha da ciência, mas navegando à deriva, pelos mares revoltos de suas teorias improváveis.
2. Precisamos mais fé para acreditar que Deus é criatura do homem do que para acreditar que o homem é criatura de Deus - A teoria de que Deus é apenas uma invenção humana tem conseqüências funestas. A teoria da evolução trouxe seus reflexos na biologia, na filosofia e também na teologia. Essa crença de que o homem inventou Deus e que o homem veio do nada, é nada, e caminhada para o nada, é o alicerce do niilimismo filosófico, da decadência moral e das atrocidades históricas. O holocausto que matou seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, as barbáries hediondas dos regimes totalitários, ceifando mais de sessenta milhões de pessoas, só no século XX, são fruto desta ensandecida teoria. A prática indiscriminada de aborto e os descalabros morais são conseqüência do ateísmo. Dostoievski disse: "Se Deus não existe, tudo é permitido".
3. Precisamos mais fé para acreditar que o cosmos veio do caos do que para acreditar que o cosmos veio de Deus - A teoria do big-bang, de que o universo surgiu de uma explosão cósmica está na contramão do bom senso. Seria mais fácil acreditar que um bilhão de letras lançadas ao ar caísse na forma de enciclopédia. Seria mais fácil acreditar que um rato correndo atabalhoadamente sobre as teclas de um piano tocasse serenata ao luar. O caos não pode produzir ordem. O universo tem leis precisas. Nós somos seres programados geneticamente. A biologia moderna aponta para uma mente sábia e criadora por trás do universo. Só o insensato é que nega a existência de Deus. Suas teorias podem até fazer barulho e enganar os incautos, mas em breve, elas se cobrirão de poeira. A Palavra de Deus, porém, permanecerá impávida, sobranceira e vitoriosa para sempre e sempre!
Por: Hernandes Dias Lopes

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Mangueira: Evangélicos x carnaval

No dia de hoje recebi um email contendo um trecho da entrevista que Dona Zica da mangueira (in memorian) forneceu ao programa Roda Viva da Tv cultura de São Paulo. Trata-se de uma entrevista antiga, mas como só agora tive acesso e estamos justamente vivendo este período nacionalmente conhecido como carnaval, resolvi postar aqui para conhecimento e reflexão.

No final da postagem deixo os respectivos links caso alguém deseje ler direto nas fontes.

Grande abraço a todos!!



Dona Zica: Mas agora estamos procurando isso, mas por incrível que pareça, também teve essa religião agora que eles arrumaram, a Bíblia, tirou muita gente. A Mangueira está com fantasias para dar, para vestir a comunidade e não tem [pessoas].

Jorge Escosteguy: Por que, Dona Zica? A religião não está permitindo? Esses pastores....

Dona Zica: É, viraram tudo bíblia, as moças, viraram bíblia os rapazes, estão tudo na...

Osvaldo Martins: Quantas igrejas dessa tem no morro da Mangueira?

Dona Zica: No morro da Mangueira a maior parte toda é da religião.

Osvaldo Martins: São quantas igrejas mais ou menos?

Dona Zica: Lá no morro da Mangueira tem três, mas eles não saem dali da Mangueira. Vão para outros lugares onde tem.

Osvaldo Martins: Vê o estrago que isso aí causa no samba, o grande mestre-sala da Mangueira, o Lilico, foi acobertado por uma igreja dessas, abandonou o samba e renega o samba, diz que é coisa do diabo.

Dona Zica: Minha neta foi da bateria desde os oito anos, foi da bateria, depois passou a ser mestre-sala, abandonou, porque virou... largou tudo, porque ela virou aí da seita, né.

Jorge Escosteguy: Mas o pessoal da escola não tentou conversar um pouco com essas igrejas?

Dona Zica: Não, depois que eles encasquetam aquilo na idéia, não adianta.

Osvaldo Martins: Em defesa do samba tem que fazer movimento contra essas igrejas, elas vão acabar com o samba. Vão mesmo, falando sério, hein, falando sério!

Dona Zica: Vão acabar, vão sim, para um ano, é capaz de quase não ter.

Jorge Escosteguy: Pelo que a senhora disse, hoje, na Mangueira sobram fantasias e não há pessoal pra desfilar, da comunidade?

Dona Zica: É, para desfilar, da comunidade. Porque todas as meninas moças, não é só velho não, é moças mesmo, viram bíblia e não querem mais saber da escola.

Jorge Escosteguy: Como é que a escola tem tentado reagir a isso?

Dona Zica: A escola tem tentado porque a gente até é obrigado até a sair com gente de fora, dos estados, porque da comunidade não tem. E têm aqueles ainda que não são mangueirenses, mas temos muitas escolas que estão divididas, Portela, Salgueiro, quer dizer, Mangueira, aquela que a Mangueira contava é difícil..

Jorge Escosteguy: É obrigado a buscar pessoal de fora para desfilar pela escola?

Dona Zica: Às vezes, eles falam: “Ah, mas está saindo só o pessoal de fora”, é porque não tem, o carioca não quer. Então nós somos obrigados... Na minha casa tem três alas: tem a ala da minha filha, do meu filho e da minha neta. É quase cheio de pessoas de fora. São Paulo, principalmente, sai quase São Paulo todo, de todo o estado de São Paulo.

Jorge Escosteguy: Parece que, segundo o Osvaldo, este ano, foram quantos anos ônibus, aviões, você disse, para desfilar na Mangueira, de São Paulo?

Osvaldo Martins: Só o projeto da ZMM [agência de marketing e promoções] com a Mangueira, que é a torcida “Verde-rosa”, 50 ônibus e dois aviões.

Jorge Escosteguy: Que foram para o Rio de Janeiro?

Osvaldo Martins: Exato. Mas não vão todos desfilar.

Dona Zica: Vão pro Rio de Janeiro para desfilar. [fala ao mesmo tempo que Osvaldo Martins]

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Confusão



Ei! Que confusão é esta?
Está complicado conviver com tantas imagens errôneas do evangelho. Que doideira está este negócio! A cada dia descubro uma coisa nova e me surpreendo mais.
Evangelho não é cantar músicas evangélicas. Não é gostar de receber oração, nem tão pouco ficar buscando resolução de problemas.
Em um único dia ouvi alguém falar das famigeradas ´irmãs de oração´ como a chave para se resolver problemas. Também ouvi que música evangélica purifica o ambiente para se pular um carnaval de forma saudável e também vi um cartaz que anunciava uma campanha chamada "as grandezas de Deus" mostrando fotos de notebooks, jetskis e etc.
Jesus me abana!!! Onde vamos parar?
Cadê a consciência de que evangelho é vivência diária com Deus e com o próximo na perspectiva divina? Cadê o real conceito de que prosperidade não é ter tudo, mas ter sempre? Onde está o arrependimento? A consciência do pecado e a redenção em Cristo? Porque a crença de que Deus é supermercado existencial?
Deus, por favor, se lhe aprouver levante vidas que te adore não pelo que tu tens, mas por quem tu és.
Traga-nos a consciência que não dá pra se relacionar contigo baseado em nossos conceitos limitados e finitos.
Venha o teu reino!!!!!!
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Fides quaerens intellectum (fé que busca entender)

Muita gente separa a razão da fé. E, diga-se de passagem, muita gente boa. Particularmente não vejo separação (e você tem todo o direito de discordar de mim). Pelo contrário, a vejo como uma espécie de ampliação da razão. Um redimencionamento da razão que potencializa nossa capacidade de lidar com a dimensão metafísica da realidade e até enxergar os indícios físicos destas mesmas categorias. E antes que eu seja lançado na fogueira, adianto-me em dizer que entendo a razão como dádiva divina, o que descaracteriza a fé como mero sistema racional-ritualístico. Ao meu ver a fé, ao contrário do que muitos pensam, possui características extremamente racionais. Não falo aqui da fé cega oriunda de psicopatolgias, mas da fé cujos fundamentos são passíveis de assimilação ainda que isso seja um paradoxo. E, assim sendo, eu decido conhecer os fundamentos da minha fé, decido crer baseado nestes fundamentos e decido agir conforme o que aprendi e decidi crer. No entanto, preciso admitir: as consequências da fé nem sempre são lógicas e - neste sentido - não têm nada a ver com a razão, mas são sinais extremamente confiáveis e ratificadores na vida do que crê. Por isto a fé é a certeza de coisas que se esperam e a prova daquilo que não se vê.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pequenas ausências diárias

Já há algum tempo não apareço por aqui. Sei que isto é um "pecado sem perdão" para quem mantém um blog. Afinal, conteúdo atualizado e relevante é o combustível que move o interesse e a visitação por parte dos pacientes amigos que bondosamente se achegam à blogosfera. No entanto, existem determinadas épocas que - sei lá - parece que você não tem tempo de ser você, de viver você e de tão pouco compartilhar você (será que vivo sozinho este tipo de realidade?). E foi pensando em tudo isso que resolvi registrar aqui um pequeno texto bem sugestivo que colhi no site da Igreja Batista da Água Branca. Trata-se de de uma pequena reflexão sobre a palavra Arrependimento. Segue abaixo esta pequena preciosidade para nossa apreciação:

Tradicionalmente, arrependimento é mudança de comportamento. Literalmente, arrependimento é "dar meia volta", isto é, passar a caminhar na direção oposta. em geral, confunde-se arrependimento cm a tristeza ou pesar que alguém sente por ter feito ou deixado de fazer algo, uma espécie de lamento pelo erro ou falha. A palavra grega traduzida por "arrependimento" é "metanóia, de "meta"= além, que transcende, e "nous"= mente, modo de pensar. Por essa razão, acredito que faz mais sentido considerar arrependimetno como "expansão de consciência". Nesse sentido, o arrependimento é a tomada de consciência de uma realidade antes desconhecida. É uma experiência tão forte que até parece que nos tornamos outra pessoa, e depois disso não conseguimos mais viver da mesma maneira, agir ou deixar de agir do mesmo jeito. A pessoa arrependida poderá voltar a praticar o ilícito, mas jamais o fará da mesma maneira, pois estará para sempre cativa de sua nova consciência. - http://www.ibab.com.br/
Neste sentido amplo, arrependo-me. Pois, "dar a meia volta" no mundo da ausência é a presença. Sendo assim, faço-me presente a fim de que talvez este breve texto nos ajude a dar muitas meias voltas e repensarmos nossas pequenas ausências diárias.
Um forte abraço a todos!