Mania de Entender

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia de São Jorge

Aqui no Rio de Janeiro foi instituído nesta data o feriado estadual denominado `Dia de São Jorge`. Juntamente com um grupo de nossa igreja, tive a oportunidade de sair pelas ruas e divulgar a História deste bravo oficial do exército romano. Curiosamente, percebemos que as pessoas que mais se dizem devotas não conhecem sequer a metade de sua história e recaem no erro mais contraditório possível de adotar Jorge como um santo, a ponto de fazer pedidos para ele, acender velas e etc (lembrando que até a própria igreja católica não o considera como tal desde o concílio Vaticano II em 1969).
Não sei se você conhece a História por trás da lenda, mas vou deixar aqui digitado o texto do panfleto que distribuímos na presente data.
Um forte abraço!
A Vida de São Jorge
Conta-se que por volta do 3. Século depois de Cristo, quando Diocleciano era Imperador de Roma, havia nos dom[inios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu Dalvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade, qualidades que levaram o Imperador a lhe conferir o título de conde.
Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma exercendo altas funções. E por essa época o Imperador planejava matar todos os cristãos. No dia marcado, quando o Senado declarando-se espantado com aquela decisão e afirmou que os ídoloes adorados nos templos pagãos eram falsos deuses; e defendendo a fé evangélica, afirmou que Cristo é Deus e Senhor, e que pelo Espírito Santo todas as coisas são regidas e conservadas. Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro daquela suprema corte romana que, com grande ousadia, defendia a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador dos homens, se a necessidade de mediação e veneração de ídolos.
Indagado por um cônsul sobre a origem de sua grande ousadia, Jorge, prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: O QUE É VERDADE? Jorge logo respondeu:"A VERDADE É MEU SENHOR JESUS CRISTO, A QUEM VÓS PERSEGUIS, E EU SOU SERVO DE MEU REDENTOR JESUS CRISTO, E NELE CONFIADO ME PUS NO MEIO DE VÓS PARA DAR TESTEMUHO DA VERDADE". O Imperador Diocleciano, então, disse a Jorge que se ele venerasse e sacrificasse aos ídolos lhe daria muitas honras e muitos bens. E só havia um jeito de Jorge continuar vivo - negar a sua fé em Jesus e passar a adorar as imagens dos deuses romanos. Deuses de que a Bíblia declara o seguinte no livro de Salmos 135:15 a 17: "Os ídolos das nações são de prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem". E certamente firmado nas palavras bíblicas registradas em Jeremias 10:5, onde lemos que "os ídolos (...) necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal e não está neles fazer o bem", Jorge, com uma fé inabalável, disse assim ao Imperador: "NENHUM DESSES BENS QUE ME PROMETES PODERÁ DE ALGUMA MANEIRA APARTAR-ME DO MEU DEUS, NEM ALGUM GÊNERO DE TORMENTOS QUE INVENTARES PODERÁ TIRAR DE MIM O AMOR DE MEU REDENTOR, NEM CAUSAR EM MIM TEMOR ALGUM DA MORTE TEMPORAL".
Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus Cristo, foi torturado de vários modos. E após cada tortura era levado perante o Imperador que lhe perguntava se renegaria Jesus para prostrar-se diante das imagens fabricadas p0r mãos humanas. Jorge sempre respondia: "NÃO, IMPERADOR! EU SOU SERVO DE UM DEUS VIVO. SOMENTE A ELE EU TEMEREI E ADORAREI!". E Deus hontou a fé de seu servo Jorge de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar somente em jesus por intermédio de usa pregação. Finalmente, o Imperador Diocleciano, vendo que nenhum dos seus planos macabros tinha êxito, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus Cristo no dia 23 de abril de 303.
Preado leitor, devido à sua fé em Jesus, Jorge não aceitou o culto nem a veneração das imagens, e por causa disso foi morto. Por Jesus ele viveu e morreu como um exemplo para nós hoje. E o que ele tanto desejava era que todos do Império Romano deixassem a iolatria e adorasem somente a Deus, Jorge cria assim. Por que você não toma a decisão de ser como ele? Sim, Jorge viveu uma vida digna de ser imitada por todo mundo, por você especialmente.
Nosso povo vive cheio de crendices e supertições em busca de algo que possa preencher o vazio dos seus corações. Há somente uma resposta para você - Jesus, o Salvador. Nele todos os mártires cristãos criam e milhões de pessoas hoje crêem, e por isso desfrutam da perfeita paz e alegria que só Jesus oferece.
O que Deus quer que você faça:
  1. Reconheça que Deus o ama. Sim Deus amou tanto você que enviou seu próprio Filho para ser o seu Redentor.
  2. Reconheça que você é pecador. A Bíblia declara que todos pecaram e por isso não podem desfrutar do amor e da paz de Deus. Mas como resolver o problema do pecado?
  3. Creia em Jesus como seu Salvador. Ore a Deus confessando os seus pecados e renuncie a todos os pactos feitos anteriormente com ídolos ou guias. Peça a Jesus para entrar em seu coração e purificá-lo de todo pecado. Confie em Jesus, pois Ele o ama e é vitorioso!

Obs: O conteúdo deste folheto foi baseado no livro "São Jorge", da Venerável confraria dos Gloriosos Mártires São Gonçalo Garcia e São Jorge, do Rio de Janeiro.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Muito prazer, eu sou Deus!

"...não importa qual seja o poder de Deus, o primeiro aspecto de Deus jamais é o do Senhor absoluto, do Todo-Poderoso. É o do Deus que se coloca no nosso nível humano e se limita."

- Jacques Ellul, Amarchy and Christianity

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Religião sem Graça


Estava lendo agora a pouco o livro de Atos dos apóstolos - capítulo 15. Deparei-me com o conhecido concílio de Jerusalém e de como os fariseus convertidos tentavam impor suas regras aos gentios que haviam se tornado cristãos.

Bem, não sei se você que está lendo esse post está familiarizado com a sociedade daquela época, então vou procurar clarear as idéias, ok?

De forma simplificada, a história é mais ou menos assim: conforme a mensagem do evangelho ia sendo pregada no primeiro século depois de Cristo, muita gente converteu-se à vida Cristã. E estas pessoas podiam ser classificadas de duas formas gerais: os oriundos do judaísmo (fariseus, saduceus, e demais dissidências) e os gentios (forma geral de classificar todos os não-judeus).

Os judaizantes eram aqueles que conheciam a lei de Moisés e viveram suas vidas acreditando que o cumprimento restrito das leis é que tornavam o homem aceito diante de Deus e por restringirem a lei ao seu povo, descartavam a participação dos gentios neste processo. No entanto, como ficou ressaltado no Concílio de Jerusalém (reunião dos apóstolos e presbíteros que estudaram o assunto), na vida cristã não existe esta separação de raças. O que existe é um único povo reunido e congregado pela mensagem, a mensagem de Cristo. E é por não entenderem isto que os fariseus convertidos insistiam em moldar os gentios cristãos à sua maneira.


Deu pra se sintonizar?


Ok, espero que sim (rs) pois eu me esforcei bastante neste sentido.


Bem, e o que tudo isto tem a ver com a gente hoje?


Muita coisa se você não vive apenas em função do que a lógica e a visão podem alcançar. Isto fala a respeito da forma de relacionamento com Deus. Porque quem deseja conhecê-lo e se relacionar com ele, necessariamente trilhará um desses dois caminhos: Ou o caminho judaizante (religião) ou o caminho da aceitação dos gentios (graça).


O caminho da religião é o mais comum e mais fácil. Neste caminho a gente cria um monte de regras e esquemas para convencer nossa consciência de que estamos quites com Deus e portanto podemos seguir em paz. Este é um caminho de troca, quase comercial, sabe? É mais ou menos assim:

Eu vou à igreja, centro, salão de reuniões, ou o que você quiser chamar. Faço parte de um grupo, frequento reuniões, dôo dinheiro, faço o bem, participo de algum grupo, pago uma promessa, acendo uma vela, dou o dízimo, etc. Daí pronto! Agora vou viver minha vida do jeito que eu quiser e Deus que fique muito feliz comigo, afinal já fiz tudo o que precisava, já paguei minha cota da semana. Na semana que vem volto lá e faço tudo de novo pra Ele. E, sabe, embora este caminho possa exigir muitos sacrifícios, ele é mais fácil porque é um toma lá dá cá. Eu faço e depois recebo. É causa e efeito, diriam alguns.


Já o caminho da Graça é totalmente diferente. Ele parte do princípio que a pessoa primeiro precisa aceitar o fato de que o ser humano é extremamente limitado e falho. Por mais que eu queira criar regras, elas sempre serão limitadas e falhas. Nem a gente mesmo consegue cumprir com tudo o que a gente se propõe. Então a graça não segue as trilhas da religião. Ela é um caminho por onde iniciamos a trilhar quando entendemos que não conseguimos criar o meio perfeito para nos relacionarmos com Deus, daí procuramos saber o que Ele realmente quer de nós. Então a gente se rende. A gente entende que nós somos apenas nós e que Deus é Deus. Então a gente confia no caminho que ele criou e fez questão de nos anunciar de uma forma tão marcante que dividiu a nossa história em duas etapas: antes e depois do seu filho (Cristo).

E só então é que eu descubro que Deus quer que eu me relacione com ele pela fé como diz em Efésios 2:8,9 "Ora, pela Graça sois salvos por meio da fé e isto não vem de vós é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie".


Deus é realmente fantástico! Ele nos convida a ir até ele pela fé em Cristo e isto é extraordináriamente inteligente e lógico e, além de tudo, nos é acessível. Pois, você já pensou se não fosse pela fé? Muitos bateriam no peito e mostrariam a lista de tudo aquilo que fizeram e, então, exigiriam o seus direitos (como se salvação tivesse preço). E como isso seria desigual! Seria apenas o reflexo deste mundo onde quem tem mais oportunidades, dinheiro e influência é que é mais reconhecido. Mas ainda bem que Deus não opera nestas categorias humanas. Ele nos chama a conhecê-lo pela fé. E fé é acessível a todos: ao pobre, ao rico, a criança, ao branco, ao negro, aos homens e mulheres, a mim e a você. O caminho da Graça não é o caminho do mérito pessoal, é o caminho da fé.


Por isso é que o convite de Deus não é para sermos religiosos, é para termos um relacionamento com ele através da fé no sacrifício e na vida de Cristo Jesus. Este relacionamento que nos faz ver quem nós realmente somos e nos faz ser quem Deus quer que sejamos. Pessoas que fazem a vontade Dele e que mostram ao mundo um novo jeito de viver, uma nova realidade de vida onde o foco muda do Ter para o Ser, do Eu para o Outro. Um novo jeito de ser gente, um jeito de ser gente como Deus quer que a gente seja.


Eis o convite:


"Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém VEM ao Pai senão por mim" (João 14:6).


E que a Graça de Deus seja o seu referencial a cada dia!


Um grande abraço!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que é que nós fizemos com a Páscoa? (Parte 3 - "Os efeitos do esclarecimento")

Esta notícia me alcançou e transformou minha vida. Hoje sei que a sexta-feira não é santa, mas santo é aquele que sem nenhum pecado se deixou morrer para que nós conhecêssemos a verdadeira vida. Hoje sei que não devemos bater no Judas, mas esmurrar todas as nossas atitudes de desobediência que nos tornam traidores daquele morreu por nós. Hoje sei que coelhos e chocolates são tentativas de tirar o foco do maior evento da História humana: A ressurreição daquele que subiu aos céus, mas que voltará para buscar todos aqueles que não apenas de boca, mas também - na prática de suas atitudes – demonstram que um dia o reconheceram como único e suficiente Senhor e Salvador de suas vidas.Nesta páscoa Jesus te diz: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, porque o meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Arrependa-se agora de seus pecados, faça uma oração recebendo-o como seu salvador e procure uma igreja evangélica mais perto de sua casa para confirmar sua decisão.“Portanto qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante do meu Pai que estás nos céus, mas qualquer que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante de meu pai que estás nos céus” – Mt 10:32,33
Que o Sentido da Páscoa possa te clarear o Sentido da Vida!!

Deus te abençoe a cada dia mais!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O que é que nós fizemos com a Páscoa? (Parte 2 - "O entendimento")

O tempo passou e eu cresci. E durante minha juventude eu tive a oportunidade de entender o sentido real de tudo aquilo. Aprendi na Bíblia (livro de Êxodo) que a Páscoa representava a libertação de um povo que há muitos séculos atrás tinha vivido 400 anos como escravos dos egípcios. Aí, Deus me mostrou na sua Palavra que ainda hoje as muitas pessoas tem sido escravas de coisas que são piores que àqueles egípcios porque se fazem passar por inofensivas: cigarro, bebidas, drogas, orgulho, mentiras, golpes, sexo livre, etc (Livro de Romanos, capítulo 3, versículo 23).
Ouvi, também, que aquele povo foi liberto por causa da interferência de Deus que não gostava de vê-los sofrer e agiu trazendo libertação e alívio para todos aqueles que creram em sua palavra e seguiram sua orientação passando sangue de cordeiro em suas portas; evitando que o anjo da morte entrasse em suas casas (como entrou na casa dos egípcios). Então, pude entender que o mesmo Deus que se preocupou com os homens no passado, ainda hoje se preocupa conosco, pois, li na Bíblia Sagrada que ele também resolveu interferir em nossa história e enviou seu filho como um cordeiro para ser morto em uma cruz e me dar a libertação de tudo aquilo que me escravizava, que me condenava à morte e a uma vida eterna de sofrimentos: os meus pecados (Evangelho de João, capítulo 3, versículo 16).
Aprendi, ainda, que só não morreram naquela ocasião, as pessoas que tiveram fé e acreditaram que o sangue do cordeiro iria marcar a diferença entre aqueles que seguiam a Deus e os que não seguiam e assim, dar uma nova vida a todos os que tomaram a atitude de declarar com o seu gesto que criam nas palavras de Deus. Li na Bíblia que o “sangue de Cristo nos purifica de todo o pecado” e segui, então, o mesmo caminho daquele povo. Depositei minha fé no sacrifício do cordeiro e fui “marcado” com o sangue que não só trouxe o perdão de meus pecados, mas também me libertou da condenação de viver longe de Deus, sofrendo desde agora e para sempre. Este cordeiro, não ficou morto, mas ressuscitou. Sua vitória sobre a morte foi testemunhada por muitas pessoas que, impactadas pelo que presenciaram, obedeceram à ordem de Jesus e foram capazes de levar esta mensagem a todo o mundo mesmo sendo oferecidos como comida aos leões no Coliseu de Roma, mesmo sendo usados por Nero como tochas humanas, ou mesmo sendo excomungados como foi Martinho Lutero em 1517.
Continua...

terça-feira, 7 de abril de 2009

O que é que nós fizemos com a Páscoa? (Parte 1 - "A Confusão")

Quando eu era criança, me ensinaram que a sexta-feira que antecedia a páscoa era santa. Havia naquela época algumas regrinhas que procurávamos seguir para não ofender a Deus que devia estar triste com o que os Homens fizeram com Jesus. Aí, eu não podia brincar de nenhum jogo com meus amiguinhos porque os soldados romanos tinham feito um jogo valendo a capa de Jesus. Não podia comer carne vermelha por causa do sangue de Jesus que foi derramado na cruz - e só depois é que eu fui entender porque costumava ver tanta alegria no rosto dos que vendiam peixe. Depois que passava a sexta-feira chegava um dia que eu achava muito legal porque me disseram que neste dia eu poderia sair pela rua batendo no infeliz que traiu Jesus e que me fez passar um dia inteiro sem jogar bola de gude com meus coleguinhas. Aí nós saíamos com pedaços de pau e sentávamos o sarrafo em todos os bonecos que estavam nos postes e eu ficava curioso em saber como que um homem com o nome de Judas tinha tantos apelidos (nome de políticos, artistas, etc.). Passado o sábado de muita diversão, chegava então o domingo de páscoa. Este dia eu também gostava bastante porque eu ganhava um monte de chocolates e coelhinhos, mas não entendia o que isto tinha a ver com o Jesus que morreu na sexta-feira e com o homem que apanhou no sábado. Ao perguntar sobre o domingo, algumas vezes ouvia a palavra ressurreição que não fazia quase nenhum sentido pra mim assim como para os adultos que tentavam me explicar.

Continua...