Em meio a
tantos protestos pacíficos e violentos, a memória do povo brasileiro traz a
tona manifestações sobre os movimentos das Diretas
Já, da Anistia e do Empeachment do Collor. E já que as
lembranças estão aflorando, quero trazer a nossa memória uma manifestação por muitos esquecida.
O pano de
fundo desta manifestação também foi os desmandos de um governo injusto. Não o
governo múltiplo dos partidos ou grupos parlamentares, mas o governo mais
tirano de todos. O governo do pecado sobre a vida humana. Sim, um governo
enraizado em cada pessoa que, ao longo de sua vida, o nega com veemência em
nome do hedonismo individual e coletivo; e de uma irracional rejeição a
auto-negação sobre o pretexto da auto-suficiência. Mas a despeito disso tudo,
veio às ruas de nossa História o maior dos manifestantes. O próprio Deus que deixando
a sua glória fez-se um de nós em Jesus Cristo e andou entre nós mostrando com a
sua própria vida o contraste da nossa carnalidade com o ideal para que fomos
criados. Sim, hoje criticamos a truculência governamental e a baderna dos
violentos, mas naquele ato, o governo e o povo estavam unidos em um único
propósito. Extirpar das ruas aquele que tanto nos incomoda com um chamado a uma
vida de transformação pessoal na luta contra o nosso egoísmo, nosso orgulho,
nossa ambição, nosso materialismo, nossa indiferença e todos os outros nomes os
quais resumimos sob o termo pecado. Assim, o nazareno foi levado à pena de
morte, mas, em nenhum momento negou sua missão pois ela se concretizava na
entrega de sua própria vida como expiação de todos aqueles que o rejeitara.
Curiosamente a aparente derrota deste divino movimento foi a sua grande
vitória, pois o ex-condenado ressurgiu para nos convocar a uma revolução
histórica, onde nem a violência, nem a injustiça, nem os desmandos do poder,
nem sequer a morte pode calar os efeitos daqueles que receberam dele o poder
para serem feitos filhos de Deus, perdoados, justificados e santificados para
anunciar ao mundo que a maior mudança de todas é aquela que só Deus pode fazer:
a transformação integral do homem em retorno à sua imagem e semelhança.
Um grande abraço!
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