Mania de Entender

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O incômodo amor de Deus

DEUS é amor, mas se prepare: Porque ele te ama, ele vai te contrariar muitas vezes.

Eu amo meus filhos. Por eu amá-los eu quero o bem deles. Por eu querer o bem deles, inúmeras vezes vou contrariá-los por vê-los tomando atitudes erradas e vou repreendê-los quando suas opiniões estiverem equivocadas. Quando errarem, vou perdoá-los mas os punirei na devida medida para que tenham a lição como apren
dida e percebam que atos geram consequências e que errar é diferente de viver impune. Eu amo os meu filhos e por isso estou disposto a protegê-los, mas seu uma doença incurável alcançar um de seus pés, estarei disposto autorizar a amputação para que o mal não se alastre ao resto do corpo e eu os perca. Eu amo meus filhos. Se a única forma de mantê-los vivos for a minha morte, estarei disposto a morrer por eles, pois este é o papel de um pai que verdadeiramente ama.

Dizem que Deus é amor e por isso não pune, não se intromete e sorri pra tudo o que fazemos. Eu desconheço este tipo de amor. Amor que não pune, não corrige e não repreende é amor que não se importa. Amor que não se importa não é amor.

Muitos pós-modernos criam em suas mentes a figura de um Deus inexistente. Que por amar não interfere na perdição iminente e no comportamento equivocado dos homens. Quem pensa assim crê em um Deus chamado "eu mesmo" e como crianças mimadas, não suportam a idéia de que não podem fazer tudo o que desejam e viver a vida que querem levar.

A existência de Deus implica na existência de um modo certo de viver. Podemos andar por outros caminhos, mas nunca poderemos dizer que porque ele nos ama, ele nos poupará de todas as consequências.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JÁ É SUFICIENTE A CARGA DE CADA DIA

"Portanto, não fiquem preocupados om o dia de amanhã. Deus cuidará do dia de amanhã para vocês também. Já é suficiente a carga de cada dia." - Mateus 6:34

Olhe para o dia de hoje. Deus te deu um novo dia! Um novo amanhecer, uma nova chance de recomeçar. Não fique preocupado com o amanhã, ele ainda não chegou.
O que você precisa fazer hoje? Faça da melhor maneira que puder como se estivesse fazendo para Deus (porque na verdade você está -rs).

Os chineses tem um ditado muito legal que diz: "Se uma coisa precisa ser feita, ela merece ser bem feita". Então dê o seu melhor. Procure olhar para as pessoas ao invés de olhar para os problemas que muitas vezes elas carregam. Isso lhe dará tolerância.

Não troque o importante pelo urgente porque nem sempre o urgente é importante.

Decida amar hoje.

Você tem família? Ela é esquisita? Tem problemas? Seja bem-vindo ao mundo real, pois onde há pessoas, há problemas. Mas faça o seguinte; Dê um beijo, um abraço, faça uma ligação, uma oração. Sei lá, faça uma coisa boa por sua família e deixe Deus transformar o que você não consegue. Abra caminho pra Deus agir, talvez o problema esteja em você.

Enfim, viva o hoje pois, basta a carga de cada dia!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O FACEBOOK NÃO É UM PALCO (Releitura "digital" de Mateus 6:1-4)

     Quando você ajudar alguém, encorajar alguém ou fazer qualquer coisa que beneficie o próximo, tome cuidado para que sua ação não vire postagem no facebook. Sabe, pode até ser algo legal de se ver e de se conhecer, mas Deus não vai curtir e nem comentar. 
     Quando você estiver pensando em fazer algo bom, não exponha sua intenção
 na internet, chamando a atenção pra você mesmo. Tenho certeza que você já viu muita gente assim por estas bandas - eu os chamo de "exibicionistas". As esquinas do século XXI são digitais e ficam aqui no cyberespaço; e muitos destes que mencionei comparecem virtualmente nestas esquinas para postar suas orações, suas fotos com textos super santos e inúmeras frases que demonstram santidade, mas na realidade estão interpretando para as multidões. Estas pessoas recebem "curtidas" aos montes, comentários mil e até compartilhamentos, mas é tudo o que conseguirão. Quando você for ajudar alguém, não pense em expor isso, não pense em colocar na vitrine virtual para causar boa impressão de você. Apenas ajude - com simplicidade e discrição. É assim que Deus, que criou você com todo amor, faz. Ele age nos bastidores pra ajudar você. Se você segue a Deus, então faça como Ele.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Conhecendo os livros de 1 & 2 Reis


Em meio a idas e vindas ao hospital, em meio a preparação para a festa de um aninho do filhote, enfim terminei, após três meses, a leitura pausada dos livros de  1 e 2 Reis na Bíblia Sagrada.


Para comemorar esta vitória e para inspirar aqueles que seguem pelo caminho, vou deixar aqui  a excelente introdução aos livros registrada na Bíblia "A MENSAGEM" de Eugene Peterson.

Que Deus abençoe a todos os que o buscam!!




1 & 2 Reis


     A soberania de Deus é um dos aspectos mais difíceis de pôr em prática no cotidiano das pessoas de fé. Mas não temos escolha: Deus é soberano. Ele reina, não só sobre nossos afazeres particulares, mas também nos prédios empresariais, nas questões políticas, nas fábricas, nas universidades, nos hospitais e até mesmo nos bastidores dos bares e dos concertos de rock. Sem dúvida, essa é uma noção estranha e extravagante. Mas não há outro aspecto nas Escrituras que seja defendido com tanta ênfase e tanta frequência.

        Entretanto, em nossa vida diária não há muita evidência disso. Forças impessoais e egos arrogantes lutam até o fim pelo poder. Na maior parte do tempo, somos jogados de um lado para outro por forças e vontades que não deixam a menor pista da presença de Deus. Mesmo assim, geração após geração, homens e mulheres de bom senso continuam dando testemunho autêntico do governo soberano de Deus. Um dos títulos mais conhecidos de Jesus é Rei.

         Então, como viver uma vida de fé e obediência diante dessa soberania revelada num mundo que, em geral, desconhece ou, pelo menos, despreza isso?
          É elementar que nosso culto seja moldado pela leitura obediente das Escrituras. Assim, iremos submeter nossa imaginação e nossa conduta à realidade da existência de Deus, não ao que nos é oferecido no currículo escolar ou imposto pela mídia. No ato de ouvir em atitude de adoração, os livros dos Reis nos oferecem informação essencial sobre o que devemos esperar do governo soberano de Deus. 
           A história de nossos antepassados, os reis hebreus, começou no livro de Samuel. Essa história deixa claro que não foi idéia de Deus que os hebreus tivessem um rei, mas já que eles insistiram, ele os deixou fazer o que bem entendiam. No entanto, Deus nunca abdicou da sua soberania em favor de qualquer rei hebreu. O rei deveria representar a soberania de Deus, pois eles jamais delegou sua soberania aos reis.
          Mas isso nunca funcionou bem. Depois de quinhentos anos e cerca de quarenta reis, a situação não tinha melhorado muito. Mesmo os mais destacados, como Davi, Ezequias e Josias, não foram tão espetaculares. Os seres humanos, por mais bem-intencionados e talentosos, parecem não conseguir, nem de longe, representar o governo de Deus. Considerados por essa perspectiva, os livros dos Reis, contêm uma exposição constante de fracassos. Representam um vasto material de quinhentos anos e mostram que exigir um rei foi a pior coisa que os hebreus fizeram.
          Mas, com o passar dos séculos, os leitores deste texto perceberam algo mais: em meio às incríveis barbaridades, os reis estavam cumprindo o propósito de Deus. Deus continuou executando seus planos e usando os reis para alcançar seus objetivos Ele não os descartava nem passava por cima deles: ele os usava como instrumentos. eles faziam parte do Reino soberano de Deus, quisessem ou não, reconhecessem ou não. Os propósitos de Deus são cumpridos em confronto e revelação, em juízo e salvação, mas, de algum modo, sempre são cumpridos. O governo de Deus não é imposto no sentido de que ele obriga cada pessoa a uma conformidade absoluta à justiça, à verdade e à retidão. O governo parte de dentro e, na maioria das vezes, passa despercebido, mas sempre está ali, paciente e resolutamente. Os livros dos Reis oferecem um testemunho crucial da soberania de Deus realizada por intermédio de algumas das pessoas mais improváveis e menos dispostas a colaborar que já existiram.
          O benefício de ler estes livros é enorme. Em primeiro lugar, nossa compreensão da soberania de Deus e nossa experiência com ela se desenvolvem contra qualquer suposição baseada em poder e piedade sobre a eficácia do governo divino. Assim, abandonamos os projetos e sonhos utópicos. 
          Depois, começamos a perceber que a soberania de Deus jamais é anulada por líderes ("reis") profundamente falhos tanto no mundo como na igreja. Podemos exultar com o fato de a soberania de Deus estar sendo exercida (embora muitas vezes de maneira sutil e silenciosa) em todos os detalhes circunstanciais do presente.

          De: O profeta (ou grupo de profetas) que escreveram 1 e 2 Reis sabiam como seria cruel o presente. Ele vivia na Babilônia exilado da sua devastada terra natal. Os babilônios invadiram seu país, queimaram suas fazendas e reduziram sua capital a cinzas e escombros. Deu quatro séculos de registros dos tribunais, diários dos profetas e outros documentos recuperados dos destroços, ele juntou a evidência da soberania de Deus durante a tragédia que abalou a nação.

     Para: Expulsos de suas casas em chamas para caminhar quilômetros e quilômetros como prisioneiros de guerra, os judeus que sobreviveram se perguntavam se Deus era mesmo soberano. Parecia que um rei implacável e seu exército haviam derrotado Deus, ou então Deus havia abandonado seu povo. Se Deus estava no comando, como poderia aquela tragédia estar acontecendo?

         Contexto: Por volta de 975-586 a.C. Os livros dos Reis descrevem os ministérios de Elias e Eliseu, profetas do século IX a.C. Nenhum dos dois escreveu as próprias mensagens. Entretanto, 16 profetas dos séculos V e VI a.C. escreveram suas profecias nos livros bíblicos que levam seus nomes (Isaías por meio de Malaquias). Desses 16 profetas, 1 e 2 Reis mencionam Isaías e Jonas brevemente.
          Durante esse período (c. 1100 - 750 a.C.), os gregos pararam de negociar com o Egito e o Oriente Médio e se recolheram a pequenos empreendimentos de pesca e agropecuária. Muitos cidadãos das antigas cidades micenas fugiram, e novos migrantes se estabeleceram. Eles não construíram cidades. Contaram histórias, mas não escreveram nenhuma, e não fizeram nenhum trabalho artístico que tenha sobrevivido. Felizmente para esses gregos, os impérios que contaminavam Israel deixaram a Grécia e, aos poucos, reconstruíram uma cultura urbana.
     

Onde estava Jesus dos 12 aos 30 anos? - Parte 3/6

DOCUMENTOS VERSUS DIVAGAÇÕES


    Entre as fontes que se propõem a contar o que ocorreu com Jesus entre os doze e os trinta anos está o que  os adeptos da Nova Era chamam de "Arquivos Akáshicos" ou "Registros Akáshicos", que, segundo eles, trata-se de um espaço invisível, simbolizado pelo éter,também conhecido como o reservatório cósmico de memórias individuais. Seria como uma espécie de "memória do Universo" para os esotéricos. Nesses registros, supõe-se estarem escritas todas as palavras, ações e pensamentos de todos os seres e de todos os indivíduos que já existiram ou existem no Universo. Eles afirmam que somente as pessoas iniciadas no esoterismo conseguem consultar essas informações.

     Foi baseado nesses registros que Levi H. Dowling, ex-capelão do exército americano, escreveu o livro O evangelho de Jesus, o Cristo, para a era de aquário. Tal obra contém muitos relatos da peregrinação de Jesus (ou Issa) pelo Extremo Oriente. O capítulo 23 ressalta que Jesus esteve na Índia e "procurou aprender a arte hindu de curar, de modo que se tornou discípulo de Udraka, o maior dos curadores hindus". Após aprender alguns conceitos sobre cura, Jesus teria baixado "a cabeça em reconhecimento pela sabedoria daquela alma superior e seguiu seu caminho.".

     O livro também diz que Jesus esteve em um templo em Lhasa, capital do Tibete, onde conheceu o grande sábio oriental Meng-Tse, que o ajudou a ler os manuscritos antigos: "E sacerdotes e mestres deram as boas-vindas ao sábio hebreu".

     O grande problema com essas e outra passagens é que elas são estranhas ao que lemos sobre Jesus no Novo Testamento. Ele jamais curvou a cabeça ou teve qualquer atitude que lembrasse o misticismo hindu. Nem mesmo a História registra algum grande sábio oriental por nome Ment-Tse. Então, fica a pergunta: "Que credibilidade podemos dar às informações retiradas de um arquivo que ninguém pode ver? Alguém pode dizer que elas são confiáveis?".

     A coisa fica mais discrepante quando comparamos ambas as fontes de informações - as do Jesus bíblico e as dos registros atávicos. Pedro escreveu em sua segunda epístola: Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade" (2 Pe 1:16). Outrossim, Lucas comenta, na introdução de seu evangelho: "Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado" (Lc 1:1-4).

     Todos esses textos mostram que, ao lidarmos com o Novo Testamento, estamos mexendo com documentos históricos escritos por testemunhas oculares ou por investigadores que tiveram contato com essas testemunhas oculares. Isso está em aberto contraste com pessoas que dizem ter retirado suas informações de um suposto arquivo invisível, acessível apenas a um restrito grupo de pessoas exóticas.

(fonte: ICP, imagem: Google)

continua...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Onde estava Jesus dos 12 aos 30 anos? - Parte 2/6

INCONFORMADOS COM O JESUS BÍBLICO

O Dr. Otto Borchet, em seu livro O Jesus histórico, fez um excelente comentário sobre as muitas tentativas históricas de distorcer a imagem de Jesus, conforme ela nos é fidedignamente mostrada por Mateus, Marcos, Lucas e João, testemunhas oculares e contemporâneas dele. "Indubitavelmente (...) cada geração que se aproxima da figura de jesus novamente, tem tentado retificar essa imagem no que acha nela deficiente". A verdade, porém, é que qualquer tentativa de acrescentar algo ao Jesus bíblico falha. Assim se dá com o Cristo da Nova Era. Acabam apresentando um Jesus totalmente às avessas do que é declarado na Bíblia. "A verdade é que a figura de Jesus, apresentada nos evangelhos, tem todas as características de um metal que resiste a todas as ligas. Qualquer coisa acrescentada a ela (...) mostra-se como substância estranha que não pode misturar-se no crisol".

De modos diferentes, em épocas diferentes, culturas diferentes têm tentado distorcer o Jesus simples dos evangelhos. O Jesus dos evangelhos apócrifos e o Jesus sem carne e osso, desprovido de matéria, dos gnósticos do primeiro século da era cristã foram uma reação da cultura daquela época, que se recusava a aceitar o Homem de Nazaré, exatamente como ele é. "Cada vez que o espírito de uma raça diferente entrou no espírito do evangelho, tentou manipular a figura daquele que é o Senhor dessa mesma história, algumas vezes a ponto de ela ficar deformada e irreconhecível".

Portanto, em nada nos espanta o fato de a invasão das religiões orientais no Ocidente ter levado muitos a alterar novamente as características do Senhor. Para tanto, esse movimento, encabeçado por adeptos da Nova Era, buscou utilizar-se de um período de silêncio biográfico sobre Jesus para tecer um amontoado de informações que, longe de acrescentar algo ao conhecimento dele, distourceu-o completamente. 

Assim, sem quaisquer evidências, eles se baseiam em mistificações e boatos estranhos e duvidosos. O resultado só poderia ser alguém completamente estranho às características de Jesus, conforme nos é mostrado de forma tão clara nas páginas do Novo Testamento.

(fonte: ICP, imagem: Google)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pastores semelhantes a Jesus (uma paráfrase de Filipenses 2:5-11)

Em agosto de 2008, portanto, há quatro anos atrás, li o texto de Filipenses e propus uma troca. Ao invés de olhar para o filho de Deus que se esvaziou, pensei em como seria o texto se os pastores trilhassem ali o mesmo caminho. Surgiu então esta idéia que ora compartilho com vocês:



 A sua atitude deve ser semelhante a de Jesus. Então entenda:

Embora você seja um pastor, não exija que as pessoas te tratem como tal e não se apegue aos direitos que você tem devido ao exercício do ministério, mas ponha tudo isto de lado. Ponha de lado a sua influência e oratória, ponha de lado qualquer sentimento ou pensamento que te leve a crer que você seja mais do que realmente é. Dedique-se a ser aquele que serve e torne-se como o mais simples dentre suas ovelhas. E vá além, esteja disposto a sacrificar o seu tempo, seus recursos e seu conforto e, ainda assim, ser perseguido, ridicularizado e humilhado por estes a quem ajudou. Mas faça tudo isto com os olhos e o coração voltados para o Pai e, assim, descubra que este é o caminho que te levará a ter reconhecimento de Deus. Ele mudará a tua sorte e te dará o melhor dos reconhecimentos. Ele te dará autoridade sobre as vidas que cruzarem seu caminho e também sobre o mundo espiritual. E fará com que as suas palavras alcancem os corações que, uma vez tocados, serão transformados e confessarão que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.




Onde estava Jesus dos 12 aos 30 anos?

PARTE 1/6 - Introdução

Num primeiro momento, a pergunta "O que fez Jesus dos doze aos trinta anos?" não parece oferecer nenhum problema. A curiosidade sobre este fato é normal. O problema começou quando certos grupos ligados ao movimento Nova Era pretenderam respondê-la utilizando fontes duvidosas.


Como sabemos, esse movimento rejeita toda a cultura judaico-cristã do Ocidente, logo rejeita também as Sagradas Escrituras como padrão de verdade religiosa e verdade histórica. Em seu lugar, abraça toda sorte de idéias, filosofias e doutrinas orientais, principalmente as hindus. Consequentemente, a figura que emergiu daí é completamente estranha ao Jesus, filho de Maria, apresentado nas páginas dos evangelhos.

Ao invés do carpinteiro de Nazaré, seguidor do judaísmo de sua época, foi pintado o quadro de um asceta hindu, viajante oriental, aluno de gurus e praticante de todo um misticismo que os cristãos jamais imaginaram fazer parte do comportamento de Jesus. Ele teria viajado ao Extremo Oriente, após o incidente no Templo de Jerusalém (Lc 2:46), e se iniciado nas doutrinas e práticas da Índia e do Tibete. Na verdade, os adeptos da Nova Era criaram um Jesus à sua imagem e semelhança, para que, assim, pudessem justificar todas as suas práticas ocultistas.

Como fez outrora o kardecismo, os novaerenses não poderiam também deixar de incluir Jesus (a quem chamam de Issa ou Isa, seu nome no Alcorão) em seu círculo. Qualquer movimento religioso que queira alcançar destaque no Ocidente terá de incluir Jesus de alguma forma em seu credo, nem que para isso seja preciso "criar seu próprio Jesus". Mas apenas usar o nome ou a figura dele não é suficiente. Por isso, Paulo advertiu aos cristãos em Corinto: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos ouro jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis"(2 Co 11:3,4).

Continua...

(fonte: ICP)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

COMO ESTÁ A SUA GRATIDÃO?


Quando Salomão precisou, Hirão, o rei de Tiro, forneceu todo o material solicitado para a construção do Templo e dos palácios, além de seus súditos como trabalhadores nesta obra. Salomão então construiu coisas magníficas. Hirão forneceu cedro, pinho e quatro mil e duzentos quilos de ouro.
Vinte anos depois do término das construções, Salomão lembrou de agradecer ao velho
 amigo de seu falecido pai. Em agradecimento deu à Hirão, vinte cidades do distrito da Galiléia, mas ao conferir o presente, Hirão ficou tremendamente decepcionado. Eram todas cidades inúteis!

Agora pense comigo. Tudo o que somos hoje é resultado da influência, participação, apoio, investimentos financeiros e emocionais de pessoas que cruzaram nosso caminho. Será que temos sido gratos? Temos honrado aqueles que contribuíram e somaram em nossas conquistas e realizações?

Pense nisso e que Deus te abençoe!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O que é que Deus mais espera de nós?

É extremamente interessante o que Deus fez após Salomão ter construído um templo magnífico para ele.

Diz a Bíblia (1 Reis 6) que a palavra de Deus veio à Salomão dizendo algo assim:

Salomão, meu filho! Quanto ao templo que vc construiu (imagino que Salomão estivesse esperando aquele elogio)...

Continuou...


Eu quero que você viva de acordo com tudo o que eu determinei e me obedeça!


Percebeu uma coisa?

Deus considera a sua obediência a maior honra a ser prestada a ele!

Pense nisso e que Deus te abençoe!

sábado, 28 de julho de 2012

Tempos de Bonança


    O Rei Davi foi um grande guerreiro. Em seu governo lutou inúmeras vezes para consolidar o reino de Israel e agora, seu sucessor, Salomão, herdava um reino de paz.

    Mediante o momento de bonança, Salomão entendeu que era hora de fazer algo grande para Deus, era hora de construir o grande templo.

    Como nos comportamos em tempos de bonança? Será que nos esquecemos do Deus que nos ajudou em tempos difíceis? Ou nos dedicamos em fazer coisas grandiosas para honrar seu nome?


Pense nisso e que Deus te abençoe!!


terça-feira, 10 de julho de 2012

Ilusionismo Espiritual

"O Satanás é um grande ilusionista.
Ele encobre a verdade e encoraja a desonestidade. 
'Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós'
(I João 1:8)

     Satanás nos estimula a dar importância ao que não tem importância alguma. Ele reveste trivialidades com glitter e nos seduz para longe do que é real. ele nos leva a viver num mundo de engano, irrealidade e sombras."

Livro : O evangelho maltrapilho - pág. 135

autor: Brennam Manning

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conhecendo os livros de 1 & 2 Samuel

Após um mês e meio de leitura pausada, terminei a leitura abençoada dos livros de 1 e 2 Samuel na Bíblia Sagrada.

Para comemorar esta vitória e para inspirar aqueles que seguem pelo caminho, vou deixar aqui  a excelente introdução aos livros registrada na Bíblia "A MENSAGEM" de Eugene Peterson.

Que Deus abençoe a todos os que o buscam!!


1 & 2 Samuel


Quatro personagens dominam os dois volumes de Samuel: Ana, Samuel, Saul e Davi. Do ponto de vista cronológico, os relatos se concentram em torno do ano 1000 a.C., o centro entre o chamado de Abraão, patriarca de Israel, quase mil anos antes (cerca de 1800 a.C.) e o nascimento de Jesus Cristo, mil anos depois.

No momento em que percebemos que nossa experiência egocêntrica é demasiadamente limitada para podermos entender e experimentar o que significa crer em Deus e seguir seus caminhos, essas quatro personagens começam a nos influenciar. É preciso lembrar que essas histórias não são exemplares, no sentido de que as ficamos observando e admirando, como se fossem estátuas em exposição, sabendo que nunca conseguiremos viver de maneira tão gloriosa ou trágica. Pelo contrário, essas histórias são verdadeiras imersões na própria essência da vida: esse é o sentido da vida humana. À medida que lemos e oramos no decorrer dessas páginas, conseguimos captar esse sentido. E, aos poucos, mas, de modo enfático, reconhecemos que o sentido de ser uma mulher ou um homem está diretamente ligado a Deus. Essas quatro histórias não nos ensinam como viver, mas como, de fato, vivemos, validando, assim, a realidade da nossa experiência diária como ingrediente usado por Deus para cumprir seu propósito de salvação em nós e no mundo.

As histórias não alcançam esse objetivo falando a respeito de Deus, pois, surpreendentemente, há pouca referência explícita a ele. Na verdade, há páginas inteiras em que o nome de Deus nem sequer é mencionado. Mas à medida que a narrativa se desenvolve, percebemos que Deus é a presença controladora   e constante, que produz tanto o plano quanto a estrutura de cada sentença. Essa junção de histórias entrelaçadas nos desperta à percepção de nós mesmo, à nossa absoluta e irredutível humanidade, que não se reduz a sentimentos, idéias ou circunstâncias pessoais. Se desejamos uma vida além da mera existência biológica, é necessário interagir com Deus. Não há outra alternativa.

Uma das muitas agradáveis consequências de "entender" nossa vida por meio da vida de Ana, Samuel, Saul e Davi é adquirir sentido de afirmação e liberdade: não precisamos nos enquadrar em esquemas morais, mentais ou religiosos pré-fabricados para sermos admitidos na companhia de Deus. Somos aceitos como somos e recebemos um lugar nessa história que, afinal, é a história dele. Nenhum de nós é a personagem principal da história.

A abordagem bíblica não consiste em nos apresentar um código moral e nos dizer: "Viva desta maneira". Ela    também não apresenta um sistema de doutrina, dizendo: "Pense desta maneira para que você viva bem". A abordagem bíblica consistem em contar uma história e nos convidar: "Viva a trama. É isso que significa ser e amadurecer como ser humano". Violentamos a revelação bíblica quando a "usamos" pelo que ela pode nos oferecer ou pelo que achamos que ela possa incrementar, apimentando nossa vida monótona. A consequência é que transformamos a revelação bíblica numa espécie de "butique de espiritualidade"- Deus como decoração e realce. A narrativa de Samuel não permitirá que isso aconteça. Na leitura, à medida que sujeitamos nossa vida ao que lemos, descobrimos que não somos orientados a ver Deus em nossa história, mas ver nossa história no plano de Deus. Deus é o contexto e o plano maior em que nossa história encontra sentido.

Essa leitura precisa, necessariamente, ser feita em oração - uma leitura pronta a ouvir a Deus e corresponder a ele. Afinal, a história está estruturada em torno da oração: a oração de Davi, perto do final (2 Samuel 22 e 23).

De: Samuel é um livro dividido em dois manuscritos porque havia limitações físicas no comprimento dos pergaminhos. O autor anônimo pode ter sido ligado às comunidades de profetas que se mantinham atentos ao que Deus fazia em cada geração. O autor não procurava encobrir os defeitos de ninguém, nem dos mais ilustres fundadores da nação.

Para: O cidadão comum de Israel era mais estável política e financeiramente no tempo de Ana, Samuel e Saul. Mas o relativo conforto levava as pessoas a serem egoístas e despreocupadas, esquecendo que eram parte da grande história de Deus. Tinham a tendência de criar pedestais para seus heróis. com isso, o povo comum tentava se livrar da responsabilidade de participar da história de Deus.

Contexto: Por volta de 1075-975 a.C. Durante o período de Juízes e 1 Samuel, uma revolução tecnológica atingiu o mundo mediterrâneo: o ferro substituiu o bronze como o novo metal utilizado para armas equipamentos de agricultura. Os filisteus trouxeram a nova tecnologia para Canaã quando a invadiram, e seu duradouro monopólio do ferro frustrou os líderes israelitas. As carruagens de ferro e outros armamentos dos filisteus deram a eles grande vantagem sobre os soldados israelitas.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

O verdadeiro valor da vida!



"... aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus."- Evangelho de Marcos, capítulo 14, versículo 3.


    Ao contemplar este texto eu fico imaginando como esta mulher obteve este frasco com perfume e o que isto significava pra ela. Pode ser que ela tivesse recebido uma herança ou mesmo que ela tenha economizado por muitos anos até poder comprá-lo. Ainda não pesquisei sobre isso e definitivamente não me arriscaria em dizer, mas uma coisa é certa, o que ela tinha em mãos possuía muito valor.

    O que nós temos de valor?

    Esta pergunta pode ser respondida de maneira objetiva ou subjetiva. Não pretendo aqui fazer um inventário físico ou emocional da vida, mas que eu me lembre podemos citar a vida em si, a família, os amigos, os sonhos, a fé, o trabalho, uma casa, livros, etc. E olhando para tudo o que temos e para aquela mulher, eu não sei se ali estava tudo o que ela possuía de valor, mas vejo que ela levou a Jesus.
    Um vaso de alabastro contendo um perfume era algo muito bonito. O alabastro é uma espécie de mármore branquinho e muito fino. Este vaso era lacrado com o seu conteúdo e teria que ser quebrado para que o mesmo pudesse ser liberado. E foi isto que a mulher fez. Sem pensar duas vezes ela pegou o vaso bonito e branquinho e o quebrou com a intenção de ungir o mestre e daquele vaso saiu um perfume valiosíssimo que foi derramado sobre a cabeça de Jesus (algo que demonstrava a importância e o valor de uma pessoa).
    Ao lembrar de tudo o que possuímos, fico a imaginar quantos vasos branquinhos e bonitos nós temos em nossa vida.
    Será que nós estamos dispostos a "quebrá-los" em favor de alguém? Ou será que passamos a nossa vida colecionando vasos e guardando-os nas estantes empoeiradas da nossa existência? O verdadeiro valor daquela mulher não estava no vaso, mas na sua essência que só foi liberada quando ela atribuiu a outra pessoa uma importância maior do que a si mesma.
    Aí está o verdadeiro significado da vida. Derramar a essência em favor do outro. Jesus quebrou o ser vaso em favor de nós. Ele foi desfigurado para que o valioso perfume do amor pudesse nos alcançar.
    Hoje podemos ver quantos vasos nossos precisam ser quebrados. Não podemos ficar admirando sua beleza, temos que liberar sua essência. Devemos quebrar um vaso de cada vez e um bom início seria começar pelo vaso chamado Tempo. Com a ajuda do Espírito Santo, vamos aprendendo, paulatinamente, a usar nosso tempo para abençoar outros. Uma visita a uma família, uma conversa com um amigo, um trabalho voluntário, um telefonema, enfim, precisamos derramar o perfume do amor sobre o nosso próximo para que no Senhor Jesus seja honrado! Precisamos quebrar os vasos para que os perfumes sejam derramados e exalados na atmosfera que nos rodeia.


    Que o Senhor nos ajude nesta caminhada!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Quero ser discípulo!


“Jesus, tendo chamado seus doze discípulos, deu-lhes poder para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e males” 
(Mateus 10:1)



Jesus chamou discípulos.


Em sua última aparição antes de ascender aos céus ordenou que fossem feitos discípulos de todas as nações. Em essência, este é o tipo de pessoa que ele quer que sejamos: Discípulos.

Um discípulo é mais do que um aluno. Um aluno absorve conhecimento, um discípulo é aquele que adota a mesma forma de viver do mestre. Da mesma forma, o professor é diferente do mestre. O professor transmite conhecimento independente do seu caráter, o mestre tem seu ensino atrelado a sua conduta. O professor pode ensinar aquilo em que não acredita, o mestre nunca.


Jesus foi o mestre por excelência. Sua vida era a sua mensagem e sua mensagem era a sua vida. Não havia discrepância entre suas palavras e atitudes e isso causava grande impacto na vida daqueles que o rodeavam pois diziam que nunca haviam visto alguém que ensinasse com a autoridade deste homem. E este mestre não procurou por alunos, ele procurou por discípulos, pessoas dispostas a viver a vida que ele vivia.

Quando penso em tudo isso, entendo que o meu chamado vai além de decorar textos, recitar versículos ou canta hinos. Fui chamado a uma nova forma de viver. Fui chamado a ser discípulo. E assim sendo, preciso cada vez mais me comportar como um. Tal como aqueles discípulos, entender que seguir o mestre é mais importante do que a minha pescaria (Pedro, João, etc.), do que a minha atividade de cobrar impostos (Mateus) ou do que meus próprios ideais (Simão, o zelote). Obter renda, representar governos ou defender ideologias estão abaixo de viver uma vida com o propósito de transformar vidas, aliviar dores, levar consolo a quem precisa e palavra de esperança ao abatido. Para ser discípulo, preciso estar disposto a viver experiências que desconstruam este pensamento egoísta e individualista que a cultura do meu tempo implantou em meu DNA e que eu prontamente me propus a aceitar. Jesus me mostra que Deus vê a vida de outra forma e deseja me ensinar isso. Preciso orar mais, pois Cristo me revela  que a vida não é composta somente do que se pode ver, mas de uma realidade onde o Pai (Deus) procura pelos filhos que anseiam por um relacionamento genuíno com ele e que este mesmo pai pode me dar o amor e a fé que suplantam as injustiças deste mundo e as cruzes que ele me apresenta.


Mediante a estas coisas, entendo que ser discípulo é indispensável. Por tudo isso eu decidi ser discípulo de Jesus. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Seguindo os passos que dão vida!

O teólogo Leonardo Boff conta uma história muito interessante de um homem que desejava tanto estar próximo de Cristo que se dedicou integralmente à sua santificação. Este homem buscou tanto a Deus em oração e atitudes que seu patamar de santificação o levou a ter uma visão do Céu. Mas era uma visão diferente da que ele esperava. Ele achou o céu um tanto vazio e resolveu procurar por Cristo. Após muito procurar encontrou uma informação que dizia: “Cristo não está aqui, ele está hoje na manjedoura, pois foi viver entre os homens”.

Seguir a alguém é seguir os passos deste alguém. É seguir o exemplo, é andar por onde esta pessoa andou. Seguir a Cristo é valorizar a humanidade, é se envolver com o humano, é agir para que este último seja dignificado frente a tudo que o oprime. Não dá pra eu seguir a Cristo só lendo bíblia, indo ao templo, orando e jejuando. Se eu quero segui-lo eu preciso fazer isso na caminhada, ou seja,  enquanto interajo com as pessoas nos lugares por onde passo. Seguir a Cristo é replicar o tipo de relacionamento que alivia a alma e o físico das pessoas. É ser o ouvido que ouve, é ser a palavra que constrói, é ser a mão que ajuda a levantar. Precisamos aprender a olhar para as pessoas com perguntas em mente: “O que posso fazer por ela?”, “Como posso ser instrumento de Deus e replicar na vida dela uma atitude abençoadora?”. Isso é o evangelho. Algo mais do que falar de Cristo ou de Salvação; é mostrar que Cristo está aqui entre nós através de todos os atos que revelam o cuidado de Deus com nossa mente, nosso físico e nossa alma.

Que Deus nos ajude a viver o seu Reino que já está entre nós!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um novo jeito de viver!


Embora tenhamos diferentes papéis na sociedade (pais, filhos, trabalhadores, contribuintes, eleitores, etc.), Deus não nos concedeu uma vida fatiada, mas sim uma vida única, una e integral. Em outras palavras, nós não possuímos uma vida familiar e uma vida profissional, assim como não possuímos uma vida material e outra espiritual. Não temos várias vidas, temos uma só. E esta vida que temos, interage com outras vidas em um sistema de relacionamentos que podem ser construtivos ou destrutivos dependendo das ações dos outros e de nossas ações também. Ao mesmo tempo que podemos ser edificadores, também podemos ser edificados, da mesma forma que podemos ser os opressores podemos ser os oprimidos.

O fato é que toda a forma de opressão, ou seja, tudo aquilo que venha para afligir, explorar, denegrir, injustiçar, deprimir, danificar, extorquir, corromper, angustiar, empobrecer, adoecer ou denegrir a nossa humanidade; tem sua origem na maldade que é fruto da vazão que damos à natureza inclinadamente pecaminosa que há em cada um de nós. Existe em nós uma fome pela aceitação, pela saciedade carnal, por riquezas e poderes que fazem com que cometamos os atos mais vergonhosos e que construamos o mundo como ele se apresenta em nossos dias. A sociedade é o reflexo do indivíduo coletivo.

Mediante a tudo isso, surge um fato incomum na História. Há aproximadamente dois milênios atrás, nasce uma pessoa cuja vida é tão ímpar que, mesmo em um pequeno pedaço de terra de um grandioso império, consegue impactar infinitas vidas e modificar a maneira de se viver e se fazer sociedade ao longo de todos os tempos. Falo aqui de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus. Alguém tão humano que só poderia ser Deus encarnado. Alguém cujo viver demonstrou, por palavras e obras, que Deus agora se fazia presente entre nós, vivendo a nossa vida para nos ensinar sobre a vida e sobre o que é viver.

Assim, Cristo nos revelou a vida de Deus, a vida em abundância que para ser vida genuína precisa ser liberta da ditadura do pecado. E afirmando ser ele mesmo a vida, nos ensinou que quanto mais parecidos com ele somos, mais longe da forma pecaminosa de viver ficamos, e isto é libertação.

Em Cristo, nossa vida é liberta integralmente. As coisas que nos oprimem, pouco a pouco perdem seu efeito porque nosso sistema de valores é mudado em Jesus. Nele eu descubro que a verdadeira riqueza, poder, satisfação, felicidade, completude, plenitude e saciedade estão em fontes abundantes além das rotas cisternas que me rodeiam. E isso me dá uma nova vida baseada em um novo jeito de pensar e de viver.

Mas a grande verdade é que Jesus não me liberta somente daquilo que me oprime, mas também da minha forma de oprimir para alcançar benefícios que minha natureza deseja. Porque no dia a dia, eu não sou só o agredido; muitas vezes eu sou o agressor, o autor de pequenos gestos que contribuem para a manutenção desta sociedade danificada e opressora. Assim, uma vez com a mentalidade renovada, passo a ser agente de justiça e ajo para que outras pessoas sejam dignificadas em sua humanidade, para que outros gozem dos direitos mais básicos de sobrevivência. Uma vez transformado, passo a ser agente de transformação e crio ou mesmo me envolvo com movimentos sociais que promovem a saúde física, emocional e espiritual do próximo. Passo a ser um promotor da vida em toda a sua diversidade humana e ambiental. Uma vez liberto, prego esta liberdade a fim de gerar em cada coração o elo de ligação com o próximo e com a pessoa de Deus, reformando minha cidadania terrena com os moldes do Reino de Deus que por meio da vida em Cristo já está entre nós.