Mania de Entender

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Povo de Deus! Lá vêm eles de novo!




Outubro está chegando. E lá vem eles. Entrando em suas casa pela tela da TV, pelas ondas dos rádios, através de panfletos em sua caixa de correio e até invadindo sua privacidade com os jingles que são lançados dos carros de som para dentro do seu lar. Sorrisos amarelos, promessas, promessas e mais promessas. Certamente você já sabe do que eu estou falando. Falo do período eleitoral. Falo da Política, dos cargos, das vagas e da eleição. E quando falamos de política falamos de descrédito, não é verdade? Em quantos você já votou e depois se decepcionou? Quantas vezes você ouviu falar dos escândalos envolvendo dinheiro, prostituição e criminalidade? E pensando em tudo isto, nossa vontade é de chutar o balde e se abster. Ficar distante, o mais distante possível de tudo isto e de todos eles. É o sentimento da coletividade. É o sentimento de todos aqueles que não possuem um comprometimento que vincula a eleição com a continuidade do emprego ou com as oportunidades que ela traz. E este sentimento está presente na igreja. Digo isto com tranqüilidade porque igreja é formada de pessoas de duplo compromisso. Compromissos de fé e de cidadania. Compromisso que necessariamente associa o que cremos com o que precisamos fazer. E é exatamente daí que surge o nosso conflito como servos de Deus. Por que como servos de Deus não nos conformamos com a Justiça que oprime o pobre e favorece o endinheirado, com as leis burladas ou distorcidas, com as oportunidades desiguais, com a precariedade da saúde, do sistema carcerário e da condição humana. Por tudo isto desacreditamos e, na pior das hipóteses, não esperamos por mudanças. Mas será que é isto que Deus espera de nós quando o assunto é política? Certa vez Jesus orientou seus discípulos a darem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Jesus não nos orienta a nos abstermos, a abrirmos mãos de nossos direitos e deveres e vivermos uma espiritualidade alienada como se não fôssemos cidadãos. Ele nos orienta a cumprimos as leis e cumpri-la como deve ser cumprida. Portanto, precisamos votar. E se votar é ser cidadão e ser cidadão é agradar a Deus, então vamos fazê-lo. Mas não de qualquer jeito, vamos fazê-lo como quem tem discernimento, como quem tem a mente de Cristo, como quem pode ver o que outros não podem ver. Portanto, seja um eleitor diferente, não seja como a multidão que vota por votar ou que vota por que foi particularmente beneficiada. Sejamos conscientes. Vamos ouvir as propostas, sondar os históricos, ver se o que se está prometendo é possível ou é enganação. Veja se as propostas estão de acordo com os valores de Deus. Um político que apóie a liberação do aborto, por exemplo, não é digno do nosso voto. Ah! Quase ia me esquecendo. Não vote em evangélico porque é evangélico. Tem muito evangélico picareta e tem muito evangélico sem competência. Por outro lado tem não evangélico com capacitação para governar. Portanto, um conselho que te dou, vote em quem você vê pelo menos um pouco de competência e capacidade. E deixa eu te dizer algo aqui: particularmente não voto em pastor. Um médico pode ser político, porque doutor é título. Um policial pode ser político, porque policial é título. Mas pastorado não é título é dom espiritual. É dom que Deus dá exclusivamente para que a pessoa cuide pessoalmente de seu povo. No meu entender, lugar de pastor é onde ele pastoreie. Onde visite, aconselhe, pregue e apascente. Bem, mas é você quem decide seu voto e você pode discordar de mim.
Finalizando, precisamos entender que as vagas estão aí. Se não forem preenchidas por pessoas de competência, vão ser preenchidas por pessoas incompetentes. Daí quem vai sofrer somos nós. Peça orientação a Deus sobre este assunto. Ore e seja orientado. Se não conhece candidato que seja ótimo, vote em um bom. Se não conhece um bom, vote no menos pior. Mas dê a sua contribuição para que a coisa venha a melhorar. Deixo a todos os amados um texto atualíssimo do profeta Jeremias para nossa meditação: “Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”(Jr 29:7)



Um forte abraço a todos

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