Mania de Entender

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Conhecendo os livros de 1 & 2 Reis


Em meio a idas e vindas ao hospital, em meio a preparação para a festa de um aninho do filhote, enfim terminei, após três meses, a leitura pausada dos livros de  1 e 2 Reis na Bíblia Sagrada.


Para comemorar esta vitória e para inspirar aqueles que seguem pelo caminho, vou deixar aqui  a excelente introdução aos livros registrada na Bíblia "A MENSAGEM" de Eugene Peterson.

Que Deus abençoe a todos os que o buscam!!




1 & 2 Reis


     A soberania de Deus é um dos aspectos mais difíceis de pôr em prática no cotidiano das pessoas de fé. Mas não temos escolha: Deus é soberano. Ele reina, não só sobre nossos afazeres particulares, mas também nos prédios empresariais, nas questões políticas, nas fábricas, nas universidades, nos hospitais e até mesmo nos bastidores dos bares e dos concertos de rock. Sem dúvida, essa é uma noção estranha e extravagante. Mas não há outro aspecto nas Escrituras que seja defendido com tanta ênfase e tanta frequência.

        Entretanto, em nossa vida diária não há muita evidência disso. Forças impessoais e egos arrogantes lutam até o fim pelo poder. Na maior parte do tempo, somos jogados de um lado para outro por forças e vontades que não deixam a menor pista da presença de Deus. Mesmo assim, geração após geração, homens e mulheres de bom senso continuam dando testemunho autêntico do governo soberano de Deus. Um dos títulos mais conhecidos de Jesus é Rei.

         Então, como viver uma vida de fé e obediência diante dessa soberania revelada num mundo que, em geral, desconhece ou, pelo menos, despreza isso?
          É elementar que nosso culto seja moldado pela leitura obediente das Escrituras. Assim, iremos submeter nossa imaginação e nossa conduta à realidade da existência de Deus, não ao que nos é oferecido no currículo escolar ou imposto pela mídia. No ato de ouvir em atitude de adoração, os livros dos Reis nos oferecem informação essencial sobre o que devemos esperar do governo soberano de Deus. 
           A história de nossos antepassados, os reis hebreus, começou no livro de Samuel. Essa história deixa claro que não foi idéia de Deus que os hebreus tivessem um rei, mas já que eles insistiram, ele os deixou fazer o que bem entendiam. No entanto, Deus nunca abdicou da sua soberania em favor de qualquer rei hebreu. O rei deveria representar a soberania de Deus, pois eles jamais delegou sua soberania aos reis.
          Mas isso nunca funcionou bem. Depois de quinhentos anos e cerca de quarenta reis, a situação não tinha melhorado muito. Mesmo os mais destacados, como Davi, Ezequias e Josias, não foram tão espetaculares. Os seres humanos, por mais bem-intencionados e talentosos, parecem não conseguir, nem de longe, representar o governo de Deus. Considerados por essa perspectiva, os livros dos Reis, contêm uma exposição constante de fracassos. Representam um vasto material de quinhentos anos e mostram que exigir um rei foi a pior coisa que os hebreus fizeram.
          Mas, com o passar dos séculos, os leitores deste texto perceberam algo mais: em meio às incríveis barbaridades, os reis estavam cumprindo o propósito de Deus. Deus continuou executando seus planos e usando os reis para alcançar seus objetivos Ele não os descartava nem passava por cima deles: ele os usava como instrumentos. eles faziam parte do Reino soberano de Deus, quisessem ou não, reconhecessem ou não. Os propósitos de Deus são cumpridos em confronto e revelação, em juízo e salvação, mas, de algum modo, sempre são cumpridos. O governo de Deus não é imposto no sentido de que ele obriga cada pessoa a uma conformidade absoluta à justiça, à verdade e à retidão. O governo parte de dentro e, na maioria das vezes, passa despercebido, mas sempre está ali, paciente e resolutamente. Os livros dos Reis oferecem um testemunho crucial da soberania de Deus realizada por intermédio de algumas das pessoas mais improváveis e menos dispostas a colaborar que já existiram.
          O benefício de ler estes livros é enorme. Em primeiro lugar, nossa compreensão da soberania de Deus e nossa experiência com ela se desenvolvem contra qualquer suposição baseada em poder e piedade sobre a eficácia do governo divino. Assim, abandonamos os projetos e sonhos utópicos. 
          Depois, começamos a perceber que a soberania de Deus jamais é anulada por líderes ("reis") profundamente falhos tanto no mundo como na igreja. Podemos exultar com o fato de a soberania de Deus estar sendo exercida (embora muitas vezes de maneira sutil e silenciosa) em todos os detalhes circunstanciais do presente.

          De: O profeta (ou grupo de profetas) que escreveram 1 e 2 Reis sabiam como seria cruel o presente. Ele vivia na Babilônia exilado da sua devastada terra natal. Os babilônios invadiram seu país, queimaram suas fazendas e reduziram sua capital a cinzas e escombros. Deu quatro séculos de registros dos tribunais, diários dos profetas e outros documentos recuperados dos destroços, ele juntou a evidência da soberania de Deus durante a tragédia que abalou a nação.

     Para: Expulsos de suas casas em chamas para caminhar quilômetros e quilômetros como prisioneiros de guerra, os judeus que sobreviveram se perguntavam se Deus era mesmo soberano. Parecia que um rei implacável e seu exército haviam derrotado Deus, ou então Deus havia abandonado seu povo. Se Deus estava no comando, como poderia aquela tragédia estar acontecendo?

         Contexto: Por volta de 975-586 a.C. Os livros dos Reis descrevem os ministérios de Elias e Eliseu, profetas do século IX a.C. Nenhum dos dois escreveu as próprias mensagens. Entretanto, 16 profetas dos séculos V e VI a.C. escreveram suas profecias nos livros bíblicos que levam seus nomes (Isaías por meio de Malaquias). Desses 16 profetas, 1 e 2 Reis mencionam Isaías e Jonas brevemente.
          Durante esse período (c. 1100 - 750 a.C.), os gregos pararam de negociar com o Egito e o Oriente Médio e se recolheram a pequenos empreendimentos de pesca e agropecuária. Muitos cidadãos das antigas cidades micenas fugiram, e novos migrantes se estabeleceram. Eles não construíram cidades. Contaram histórias, mas não escreveram nenhuma, e não fizeram nenhum trabalho artístico que tenha sobrevivido. Felizmente para esses gregos, os impérios que contaminavam Israel deixaram a Grécia e, aos poucos, reconstruíram uma cultura urbana.
     

Onde estava Jesus dos 12 aos 30 anos? - Parte 3/6

DOCUMENTOS VERSUS DIVAGAÇÕES


    Entre as fontes que se propõem a contar o que ocorreu com Jesus entre os doze e os trinta anos está o que  os adeptos da Nova Era chamam de "Arquivos Akáshicos" ou "Registros Akáshicos", que, segundo eles, trata-se de um espaço invisível, simbolizado pelo éter,também conhecido como o reservatório cósmico de memórias individuais. Seria como uma espécie de "memória do Universo" para os esotéricos. Nesses registros, supõe-se estarem escritas todas as palavras, ações e pensamentos de todos os seres e de todos os indivíduos que já existiram ou existem no Universo. Eles afirmam que somente as pessoas iniciadas no esoterismo conseguem consultar essas informações.

     Foi baseado nesses registros que Levi H. Dowling, ex-capelão do exército americano, escreveu o livro O evangelho de Jesus, o Cristo, para a era de aquário. Tal obra contém muitos relatos da peregrinação de Jesus (ou Issa) pelo Extremo Oriente. O capítulo 23 ressalta que Jesus esteve na Índia e "procurou aprender a arte hindu de curar, de modo que se tornou discípulo de Udraka, o maior dos curadores hindus". Após aprender alguns conceitos sobre cura, Jesus teria baixado "a cabeça em reconhecimento pela sabedoria daquela alma superior e seguiu seu caminho.".

     O livro também diz que Jesus esteve em um templo em Lhasa, capital do Tibete, onde conheceu o grande sábio oriental Meng-Tse, que o ajudou a ler os manuscritos antigos: "E sacerdotes e mestres deram as boas-vindas ao sábio hebreu".

     O grande problema com essas e outra passagens é que elas são estranhas ao que lemos sobre Jesus no Novo Testamento. Ele jamais curvou a cabeça ou teve qualquer atitude que lembrasse o misticismo hindu. Nem mesmo a História registra algum grande sábio oriental por nome Ment-Tse. Então, fica a pergunta: "Que credibilidade podemos dar às informações retiradas de um arquivo que ninguém pode ver? Alguém pode dizer que elas são confiáveis?".

     A coisa fica mais discrepante quando comparamos ambas as fontes de informações - as do Jesus bíblico e as dos registros atávicos. Pedro escreveu em sua segunda epístola: Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade" (2 Pe 1:16). Outrossim, Lucas comenta, na introdução de seu evangelho: "Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado" (Lc 1:1-4).

     Todos esses textos mostram que, ao lidarmos com o Novo Testamento, estamos mexendo com documentos históricos escritos por testemunhas oculares ou por investigadores que tiveram contato com essas testemunhas oculares. Isso está em aberto contraste com pessoas que dizem ter retirado suas informações de um suposto arquivo invisível, acessível apenas a um restrito grupo de pessoas exóticas.

(fonte: ICP, imagem: Google)

continua...