Mania de Entender

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Dialogando com o texto de Romanos 1:1-7


Primeira Pergunta: O que está acontecendo nesta passagem?
Paulo entende que como servo (variação do grego: escravo) de Jesus, recebeu de seu mestre a incumbência de ser apóstolo, ou seja, o portador de uma mensagem que é o evangelho de Deus. A mensagem sob a responsabilidade de Paulo não é uma mensagem comum. Ele afirma que ela é uma promessa de Deus registrada através dos profetas nas escrituras sagradas.
Esse anúncio de Deus (evangelho) nos revela seu Filho que nasceu da descendência de Davi, mas que foi revelado ao mundo como Filho de Deus (fato demonstrado por seu poder e pela sua ressurreição dentre os mortos). Seu nome é Jesus, o ungido de Deus (Cristo) que Paulo confessa Senhor. E este Senhor a quem ele se refere não é apenas aquele que comissiona, mas é a própria motivação do chamado que concede meios para que um homem comum seja instrumento de convocação a fim de que pessoas de todas as nações se voltem para a obediência que surge na crença e na aceitação de que Cristo é Senhor sobre tudo e todos.
E o apóstolo traz aos romanos a notícia de que eles também estão debaixo desta convocação, a convocação de pertencerem a alguém - o que é visto com muita resistência pelos romanos em geral. Mas logo em seguida, é revelado algo que torna este Senhor especial: o fato de que ele ama os que lhe pertencem e que separa os seus para usá-los de forma incomum no meio em que vivem. Assim, Paulo saúda a todos os cidadãos a quem foi endereçada esta carta.
Segunda Pergunta: O que esta passagem revela sobre Deus?
O texto nos revela que a graça de Deus é incomparável. Ele deposita em sua criação a sua confiança e lhes entrega a privilegiada missão de anunciá-lo e de trazer à humanidade a sua vontade revelada. Sendo falhos como somos, Ele demonstra que acredita em nossa instrumentalidade e nos chama à representá-lo e viver para Ele.
Esta passagem também nos revela que Cristo se manifestou humano. Nasceu da linhagem e descendência de alguém cuja existência e notoriedade não poderia jamais ser negada pelo povo. No entanto, apesar de humano não reproduziu ou deu continuidade aos erros que ainda hoje praticamos, mas viveu uma vida de extrema obediência à vontade do Pai a despeito de toda e qualquer influência criacional ou cultural. Sendo irrepreensível, foi corroborado filho de Deus através de um fato nunca igualado: a ressurreição dentre os mortos. E este Deus em sua autoridade é capaz de transformar e capacitar o Homem usando-o conforme o beneplácito de sua vontade. Este texto nos revela ainda mais, ele nos fala do amor de Deus e seu chamado para vivermos para ele.
Terceira pergunta: O que este texto diz sobre mim?
Quando leio este texto em primeira pessoa, amplio minha visão sobre quem Deus é e quem eu sou. Deus é aquele que chama, separa, motiva, dá graça, dá autoridade, usa e ama. Em contrapartida eu sou o servo (escravo). Sou aquele que foi convocado para uma missão, a misão de anunciar quem é o meu Senhor. Sou agraciado por não merecer tamanho privilégio mas receber autenticação ao exercê-lo. Percebo, também, que minha missão é por demais repleta de nobreza pois anuncio que pesoas falhas como eu são recebida pela fé. A fé que pode ser encontrada sem bloqueios territoriais, culturais ou econômicos. A fé que pode ser encontrada em todo o lugar onde possa ser encontrado um ser humano.
Quarta pergunta: O que preciso fazer, baseado no que estou lendo?
Diante de tantas revelações, concluo que preciso crescer em Graça. Conhecer ainda mais o meu Senhor e direcionar mais a minha vida sob os propósitos dele. Redirecionar minhas vontades sem anulá-las, mas apenas submetendo-as à vontade Maior até que esta aperfeiçoe o me querer e me revista de verdadeira humanidade.
Preciso ter mais atitudes agraciadas. Ver menos resultados de meus esforços e mais da graça manifesta em me corpo de barro. Ver que a autoridade que me acompanha está acima das minhas falhas e do meu insignificante "preparo", antes, é proveniente daquele que é perfeito e cuja luz náo pode ser ofuscada por minhas finitudes.
É crescendo em graça que descubro o amor. O amor que me chama, me separa, me motiva e que me dá autoridade. Enfim, o amor que me ama.

2 comentários:

Marlene Maravilha disse...

Que lindo texto! Vale a pena meditar nisso!
beijo e uma semana de glória!

Rodrigo disse...

Olá minha irmã!!!

Mto obrigado por suas palavras. Peço ao Senhor que o fruto deste "Diálogo Romano" (rs) traga muitas bênçãos sobre ti e sobre os que te rodeiam.

Gde abraço!!